Nos últimos dois anos, bastante coisa mudou na vida de Wanessa Camargo: um novo disco ('DNA', em 2011), um filho, a gravação de um DVD e, entre outros tantos detalhes, a liberdade de ter o inglês como língua absoluta em sua música.
Com uma estética mais pop e globalizada, assumidamente inspirada em estrelas como Madonna e Lady Gaga, a cantora hoje não lembra em nada aquela que tinha o pop-romântico como estilo único. Em agosto, sua equipe contratou o coreógrafo Bryan Tanaka (famoso pelos trabalhos com Beyoncé e Rihanna) para modernizar ainda mais seus shows.
No fim deste ano, Wanessa completa 30 anos e, em 2013, sairá em turnê para divulgar seu DVD, gravado em novembro e previsto para ser lançado no semestre que vem. Nesta quinta-feira (6), ela esteve aqui para participar do Acesso e bateu um papo rápido com o site da MTV. Leia abaixo.
O que mudou desde que você começou essa fase mais internacional, cantando e compondo em inglês?Além de eu me sentir mais realizada e poder fazer um trabalho em que acredito, eu comecei a ter uma liberdade muito grande para criar e experimentar coisas novas. Foi um risco sair do lugar comum, do que já estava certo, ganho, e tentar uma novidade, quase no escuro, sem saber como seria. Ter uma resposta positiva sobre isso, de ver que existe o público que entendeu o trabalho e comprou essa ideia, me estimulou a arriscar ainda mais no que eu queria fazer. Eu me transformei como artista.
Quando você teve o estalo que te levou a dar essa guinada?Foi acontecendo de forma natural... Quando eu lancei o disco 'Total', em 2007, que foi totalmente nessa linha do pop-romântico, eu já sabia que aquilo seria uma despedida dessa música. Eu comecei a sentir necessidade de coisas novas ainda no álbum anterior ('W', lançado em 2005), quando fiz músicas com o Zegon e Apollo 9; ali eu sabia que precisava mudar. Fiz esse álbum e arrisquei: mesmo que eu perdesse fãs, gravadora, coisas que eu já tinha ganho, eu iria arriscar.
O que você tem escutado hoje?Eu tenho escutado muito o último disco do Coldplay, 'Mylo Xyloto', a Florence (Welch), que descobri meio tarde, Swedish House Mafia, que eu amo de paixão, MGMT, The Fray. E ouço muitos clássicos: Cazuza, Michael Jackson, sempre nas minhas repetições, ABBA, as divas todas...
Sobre as divas, a estética do seu trabalho é muito inspirada em Madonna, Lady GaGa...A Madonna foi quem trouxe esses formatos diferentes pra mulher, essa liberdade sexual na dança, nos clipes, nas roupas. Ela é sempre uma inspiração, de quem arrisca, de quem quer mudar.
E o que te diferencia dela e de outras nesse sentido de megaproduções, coreografias e grandes figurinos?É ser brasileira. Acho que é o que eu posso trazer de surpresa, não só lá fora, mas aqui no Brasil também – eu tenho o funk, o samba, a bossa, o sertanejo, o forró, e eu posso usar toda essa mistura e brincar com a música pop.
Como a experiência de ter um filho altera sua relação com a música de forma geral?É muito gostoso passar para o seu filho o que você curte musicalmente. Ele é muito pequeno ainda, mas eu já faço toda a trilha sonora do dia dele. Claro, tem a parte de música infantil, tem também a vez do pai, que bota Racionais MCs pra tocar, e costumo colocar Clara Nunes, Tom Jobim, coisas mais calmas. É uma delícia participar e influenciar na formação musical de um filho, ainda mais sendo cantora. No que eu ouço, não acho que tenha mudado, mas talvez eu esteja mais sentimental com as músicas que tocam.
Fonte:MTV
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